Walter Só Jobim era natural da cidade de Porto Alegre, município onde estudou e se formou na Faculdade de Direito. Ainda acadêmico, lecionou português e geografia no Liceu Parobé (atual Escola Técnica Parobé), formando-se em 1913 e, logo em seguida, tornou-se promotor público na cidade de Passo Fundo.
Em 1914 foi juiz distrital nas cidades gaúchas de São Borja e de Santa Maria, assumindo no ano seguinte, por um breve período, a posição de promotor efetivo. Jobim resolve, em 1916, dedicar-se somente à advocacia, e abre um escritório no município de Santa Maria.
Em 1923 participou da Revolução ao lado da Aliança Libertadora; da Revolução de 1930, junto a Getúlio Vargas; e da Revolução de 1932, junto a Borges de Medeiros, aderindo ao Movimento Constitucionalista. Após a derrota, exilou-se no Uruguai. Posteriormente, durante o Estado Novo, foi convidado por Daltro Filho para o cargo de Secretário de Viação e Obras Públicas do Rio Grande do Sul. Em 1946, durante o governo de transição de Pompílio Cylon Fernandes Rosa, foi nomeado para Secretário do Interior e Justiça.
Após a redemocratização, foi lançado candidato a governador do estado do Rio Grande do Sul, pelo partido que ajudou a fundar, o PSD. Derrotou o favorito Alberto Pasqualini, do PTB, e assumiu em 1947, governando até 1951. Durante sua gestão, executou um plano de eletrificação do estado, inaugurando a Comissão Estadual de Energia Elétrica (CEEE), e criou o Departamento Autônomo de Carvão Mineral, visando a estimular a produção de carvão para suprir a Viação Férrea Rio-Grandense. Foi embaixador do Brasil no Uruguai e membro da Academia Brasileira de Letras. Morreu em 1974.
Dado do produtor não disponívelNascido em São Borja no ano de 1897, Ernesto Dornelles era filho do general Ernesto Francisco Dornelles e Amélia Rodrigues Dornelles, além de ser primo de Getúlio Dornelles Vargas. Iniciou seus estudos no Colégio Militar de Porto Alegre e seguiu a carreira, ingressando no exército em 1918. Participou da Revolução de 30, que levou Getúlio Vargas à presidência da República, e entre 1934 e 1942, atuou em Minas Gerais, ocupando o cargo de chefe de polícia em boa parte deste período. Ainda em 1942 e até sua nomeação como interventor, em 1943, foi chamado para trabalhar junto ao gabinete do ministro da Guerra. Tomada a posse na interventoria gaúcha, lá permaneceu até 1945, momento em que ocorreu a deposição de Vargas do poder.
Dornelles foi um dos responsáveis pela formação do Partido Social Democrático (PSD) no estado, elegendo-se senador pelo Rio Grande do Sul naquele mesmo ano. Em 1950, Dornelles é eleito e assume o Piratini no início do ano seguinte, tendo a equipe formada por muitos nomes vinculados ao trabalhismo, como João Goulart, Antônio Brochado da Rocha e Leonel Brizola; em sua gestão, foram impulsionadas obras na área da energia elétrica. Finalizou seu mandato em 31 de janeiro de 1955, e no ano seguinte ocupou o Ministério da Agricultura durante a presidência de Juscelino Kubitschek. Em setembro de 1956, deixa o ministério e passa a atuar como membro do conselho administrativo da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), responsável pela construção de Brasília. Em agosto de 1962, torna-se conselheiro do BNDE, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, onde permanece até seu falecimento, em 1964.
Dado do produtor não disponívelNascido em 20 julho de 1895 em Porto Alegre, Ildo Meneghetti emergiu como uma figura proeminente, cuja influência reverberou tanto na política quanto no esporte do Rio Grande do Sul. Engenheiro filiado ao Partido Social Democrático (PSD), Meneghetti assumiu a prefeitura de Porto Alegre em dois momentos distintos: primeiro, em 1948, nomeado pelo governador Walter Só Jobim, e posteriormente, em 1951, pelo voto popular. Sua gestão como prefeito foi marcada por uma série de iniciativas que buscavam o desenvolvimento integral da cidade, incluindo melhorias na infraestrutura urbana, avanços nos sistemas de saúde e educação, e a promoção de programas sociais para a comunidade.
Além de seu protagonismo como prefeito, Meneghetti exerceu o cargo de governador do estado por dois mandatos. Entre 1951 e 1955, sob sua liderança, houve a implementação de políticas públicas que impulsionaram o desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Sul, e foi durante esse período que o Palácio Piratini recebeu seu nome atual em reconhecimento à história e à cultura da região.
No segundo mandato como governador, iniciado em 25 de março de 1963, Meneghetti apoiou os segmentos mais conservadores da sociedade no processo que culminaria no golpe militar e na queda do presidente João Goulart.
Em 1º de abril de 1964, Meneghetti deu início à Operação Farroupilha, ordenando a transferência temporária da sede do governo do Rio Grande do Sul do Palácio Piratini, em Porto Alegre, para um quartel da Brigada Militar em Passo Fundo, para evitar a deposição pela resistência que se articulava em Porto Alegre. Após a declaração de vacância do cargo presidencial pelo vice-presidente do Senado, Auro de Moura Andrade, em 02 de abril de 1964, Meneghetti retornou à Porto Alegre.
Dado do produtor não disponívelNatural de Carazinho, no interior do Rio Grande do Sul, Leonel de Moura Brizola, engenheiro por formação, ingressou no PTB em 1945, participando da elaboração da Constituinte gaúcha deste mesmo ano, na condição de deputado estadual. Em 1952, é nomeado secretário de Obras do governo Ernesto Dornelles (PTB), elegendo-se deputado federal em 1954, e no ano seguinte, prefeito de Porto Alegre, de onde se lança e vence a disputa pelo governo estadual.
Já no Piratini, Brizola comanda um dos movimentos mais expressivos da política gaúcha, liderando a Campanha da Legalidade. Como estopim do movimento, em agosto de 1961, após a renúncia de Jânio Quadros, ocorre uma tentativa de instalar um governo militar no Brasil através do exército e da UDN.
O governo gaúcho reagiu ao golpe, através do seu governador Leonel Brizola, que mobilizou todo o estado e tinha como objetivo garantir a posse do vice-presidente eleito, o gaúcho João Goulart (Jango), de acordo com o previsto na Constituição. Para isso, Brizola criou a Cadeia da Legalidade, promovendo a mobilização da população através de uma rede de rádio e transformou o Palácio Piratini no principal cenário da Legalidade, armado barricadas e com soldados armados com metralhadoras. Como os militares não cediam, e Brizola também não, a situação ficou grave. Brizola se entrincheirou no Palácio Piratini. Mobilizou a Brigada Militar e distribuiu armas para a população resistir.
Em 28 de Agosto, com a população de prontidão em frente ao palácio, e sabendo das ordens das forças armadas para atacar Brizola, os oficiais do exército caminham de encontro ao povo. No entanto, o então general Machado Lopes, comandante do III exército, não ataca como ordenado e adere ao movimento, comunicando a Brizola que iria apoiar a posse de Jango.
Em 29 de agosto, o governo dos militares chegou a programar um ataque com aviões ao Palácio Piratini. Tinham ordens para executar Brizola e todos os que estivessem com ele se fosse necessário. No entanto, o ataque foi sabotado pelo próprio controle das forças armadas. O III exército invadiu então a base de Canoas e destituiu o brigadeiro Aureliano Passos. Paralelo a tudo isso, era negociada uma solução política para evitar uma crise maior no Congresso Nacional. Destacou-se a figura de Tancredo Neves, que havia sido ministro de Getúlio Vargas. Então, em 02 de setembro, é aprovada uma emenda constitucional alterando o regime de governo para o parlamentarismo. Com os poderes de Jango limitados ao de um chefe de estado e não de governo, os militares enfim aceitam sua posse. Em 05 de setembro João Goulart retorna ao Brasil, tomando posse em 07 de setembro de 1961.
A Campanha da Legalidade adiou o início dos Anos de Chumbo da Ditadura Militar, mas as forças que tentaram impedir a posse de Jango, em 1961, continuaram ativas. Seu tumultuado governo encerrou-se com o Golpe Militar de 31 de março de 1964.
O golpe militar de 1964 levou Brizola para o exílio, que retornou ao país somente em 1979. Em 1981, ele fundou o PDT (Partido Democrático Trabalhista). Elegeu-se governador do Rio de Janeiro por duas vezes: 1982 e 1986. Brizola morreu no dia 21 de junho de 2004 no Rio de Janeiro, vitima de um infarto agudo do miocárdio.
Dado do produtor não disponívelNascido em 20 julho de 1895 em Porto Alegre, Ildo Meneghetti emergiu como uma figura proeminente, cuja influência reverberou tanto na política quanto no esporte do Rio Grande do Sul. Engenheiro filiado ao Partido Social Democrático (PSD), Meneghetti assumiu a prefeitura de Porto Alegre em dois momentos distintos: primeiro, em 1948, nomeado pelo governador Walter Só Jobim, e posteriormente, em 1951, pelo voto popular. Sua gestão como prefeito foi marcada por uma série de iniciativas que buscavam o desenvolvimento integral da cidade, incluindo melhorias na infraestrutura urbana, avanços nos sistemas de saúde e educação, e a promoção de programas sociais para a comunidade.
Além de seu protagonismo como prefeito, Meneghetti exerceu o cargo de governador do estado por dois mandatos. Entre 1951 e 1955, sob sua liderança, houve a implementação de políticas públicas que impulsionaram o desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Sul, e foi durante esse período que o Palácio Piratini recebeu seu nome atual em reconhecimento à história e à cultura da região.
No segundo mandato como governador, iniciado em 25 de março de 1963, Meneghetti apoiou os segmentos mais conservadores da sociedade no processo que culminaria no golpe militar e na queda do presidente João Goulart.
Em 1º de abril de 1964, Meneghetti deu início à Operação Farroupilha, ordenando a transferência temporária da sede do governo do Rio Grande do Sul do Palácio Piratini, em Porto Alegre, para um quartel da Brigada Militar em Passo Fundo, para evitar a deposição pela resistência que se articulava em Porto Alegre. Após a declaração de vacância do cargo presidencial pelo vice-presidente do Senado, Auro de Moura Andrade, em 02 de abril de 1964, Meneghetti retornou à Porto Alegre.
Paralelamente à sua carreira política, Meneghetti nutria uma paixão ardente pelo futebol. Ele assumiu a presidência do Sport Club Internacional em duas ocasiões distintas: de 1929 a 1934 e novamente em 1938. Sua dedicação e visão estratégica foram fundamentais para o crescimento e a consolidação do clube durante esses períodos. Faleceu em 20 de março de 1980, aos 84 anos de idade.
Dado do produtor não disponívelNascido em Porto Alegre em 14 de maio de 1907. Ainda jovem, frequentava a escola no período da noite para conciliar com o trabalho como comerciário e em seguida operário. Em 1922, ingressou na Brigada Militar do Rio Grande do Sul como soldado, onde construiu carreira. Em 1925, já como segundo-sargento, combateu os liderados de Luís Carlos Prestes. Como primeiro-tenente, participou da Revolução Constitucionalista de São Paulo (1932), o quê dois anos depois culminou na sua reformação. Afastou-se então da carreira militar, e atuou como comerciário até 1937, quando retornou para a Brigada Militar no Rio Grande do Sul. Em 1938, após a instauração do Estado Novo por Getúlio Vargas, Peracchi assumiu a chefia do Gabinete Militar, sendo promovido no mesmo ano a capitão. Ocupou o cargo de chefia no gabinete até o fim do Estado Novo em 1945, durante esse período ascendeu sua patente a tenente-coronel.
Com o retorno da vida política à normalidade democrática e o surgimento de partidos, Peracchi filiou-se ao Partido Social Democrático (PSD). Durante o governo de Walter Jobim, foi promovido a coronel e assumiu o comando da Brigada Militar do Rio Grande do Sul. Durante sua carreira militar atuou em diversas posições. Em 1950 foi deputado estadual pelo PSD, ocupou a vice-presidência da Comissão de Finanças e Orçamento da Assembleia Legislativa e foi secretário do Interior e Justiça.
Em novembro de 1958, candidatou-se ao governo do Rio Grande do Sul pela Frente Democrática, no entanto, foi derrotado pelo candidato trabalhista Leonel Brizola. Em 1960, chefiou no Rio Grande do Sul a campanha de Jânio Quadros, que foi eleito em outubro do mesmo ano e renunciou após 7 meses de mandato, em 25 de agosto de 1961. Apoiou a candidatura de Ildo Meneghetti em 1962 ao governo do Rio Grande do Sul e elegeu-se deputado federal pelo Rio Grande do Sul na legenda do PSD.
A pedido do Presidente da República, licenciou-se de seu mandato como deputado em dezembro de 1965 para atuar como Ministro do Trabalho no governo de Castelo Branco, deixou o Ministério em 18 de julho de 1966, retornando em seguida à Câmara dos Deputados. Em 3 de setembro foi eleito governador pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Em 31 de janeiro de 1967 foi empossado no governo do Rio Grande do Sul em substituição a Ildo Meneghetti.
Em março de 1971 deixou o governo do Estado, sendo substituído por Euclides Triches. Por indicação do então presidente Médici, assumiu a direção da 6ª Região das Carteiras de Crédito Rural e Geral do Banco do Brasil. Em 1981 sofreu um derrame cerebral que o impossibilitou, a partir de então, de exercer qualquer atividade. Foi casado com Stella Aloise Barcellos e faleceu em Porto Alegre, no dia 13 de agosto de 1986.
Dado do produtor não disponívelEuclides Triches nasceu em Caxias do Sul em 1919. Engenheiro e militar, depois de se reformar como major iniciou sua vida política. Foi eleito prefeito de Caxias do Sul, pelo Partido Social Democrático, permanecendo no cargo de 1951 a 1954. Em 1962, elegeu-se deputado federal, reelegendo-se em 1966. Fez parte da corrente de direita que fundou a Aliança Renovadora Nacional (ARENA), que alicerçou a ditadura militar de 1964. Chegou ao governo do estado via eleição indireta, na Assembleia Legislativa, assumindo o cargo de governador do Rio Grande do Sul entre os anos de 1971 e 1975, Triches implementou mudanças urbanas, com melhorias na infraestrutura estadual, com a expansão das estradas e a modernização dos serviços públicos. Investiu também em programas habitacionais e de educação. Na área da saúde, expandiu os serviços de atendimento médico, construindo novos hospitais e postos de saúde em diversas regiões do estado. Em dezembro de 1975, após o término do mandato, foi nomeado diretor da Companhia Vale do Rio Doce.
Dado do produtor não disponívelSinval Sebastião Duarte Guazzelli esteve por dois mandatos na administração governamental do Rio Grande do Sul, entre os períodos de 1975-1979, durante o regime ditatorial, e em 1990-1991, assumindo o mandato de governador em virtude do afastamento do governador eleito Pedro Simon para concorrer ao Senado.
Nasceu no dia 24 de janeiro de 1931, na cidade de Vacaria (RS). Sua família era ligada a atividades rurais e seu pai foi membro da Associação Rural de Vacaria e da União Democrática Nacional (UDN).
Graduado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, iniciou sua carreira política pelo Partido Democrata Cristão (PDC), posteriormente na Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e por fim no Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Durante o período de 1956 a 1959, exerceu a ocupação de vice-prefeito em Vacaria pela UDN. Ao final do ano de 1958, elegeu-se deputado estadual. Poucos anos depois, assumiu como secretário de Obras Públicas do governador Ildo Meneghetti. Em janeiro de 1967 encarregou-se da presidência da Caixa Econômica Federal do Rio Grande do Sul. Na década de 1970, elegeu-se deputado federal, atuando como integrante da Comissão de Fiscalização Financeira e Tomada de Contas, posteriormente assumiu, como substituto, a pasta de Orçamento e de Desenvolvimento da Região Sul e foi vice-líder da Arena na Câmara em 1973. Indicado pelo governador Euclides Triches, Sinval Guazzelli, foi designado indiretamente para governador do Rio Grande do Sul em 1975. Em 1982 Sinval Guazzelli foi eleito deputado federal pelo PMDB.
Na década de 1990 assumiu o cargo de governador até o final do mandato em 1991 pelo afastamento do governador Pedro Simon que concorreu ao senado federal. Em 1994, no governo de Itamar Franco, foi nomeado para o Ministério da Agricultura. Em 1999 foi eleito deputado federal. Sinval Sebastião Duarte Guazzelli faleceu em Brasília no dia 12 de abril de 2001.
Dado do produtor não disponível