Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli

Área de identificação

Identificador

BR RS MARGS

Forma autorizada do nome

Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli

Forma(s) paralela(s) de nome

  • Museu de Arte do Rio Grande do Sul

Outra(s) forma(s) de nome

  • MARGS

Tipo

  • Estadual

Área de contato

Tipo

Endereço

Endereço

Praça da Alfândega, s/nº

Localidade

Porto Alegre

Região

Rio Grande do Sul

Nome do país

Brasil

CEP

90010-150

Telefone

(55) (51) 3227-2311

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URL

www.margs.rs.gov.br

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Histórico

A criação do MARGS foi decorrente da instituição da Divisão de Cultura da Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Rio Grande do Sul, em 29 de janeiro de 1954 (Lei 2.345), tendo sido fundado em 27 de julho de 1954, por meio do Decreto nº 5065 do governo Ildo Meneghetti. Depois, o Museu seria regulamentado pelo Decreto n° 7389, de 11 de março de 1974, e pelas Portarias nº 03/84 – D.O. 16/08/84 e nº 01/85 – D. O. 5/8/85.

A Divisão de Cultura do Estado, cuja direção coube ao Prof. Ênio de Freitas e Castro, comportava a Diretoria de Artes, da qual foi incumbido o Prof. Ado Malagoli.

Ao contrário de outros museus, que são criados quando já existe uma coleção reunida à espera de organização e institucionalização, o MARGS foi criado sem acervo inicial ou sede própria. Era preciso um nome para administrar o projeto, e a escolha recaiu sobre Ado Malagoli, um pintor e professor laureado que possuía também os talentos indispensáveis de organizador e gestor cultural, além de uma sólida formação intelectual e acadêmica.

Este paulista de Araraquara tinha chegado a Porto Alegre em 1952, a convite de Ângelo Guido, para lecionar Pintura no Instituto de Belas Artes (IBA). Trazia como bagagem o currículo de artista plástico, o curso de restauração de obras de arte realizado com Edson Motta, o maior restaurador brasileiro da época, e o diploma de museólogo, obtido nos Estados Unidos.

No Instituto de Belas Artes, Malagoli junta-se a Benito Castañeda, João Fahrion, Maristany de Trias e Fernando Corona, seleto grupo que se tornou responsável pela formação da nova geração de artistas gaúchos.

Malagoli traz renovação ao IBA num momento em que a arte local está em transição para a modernidade. Com experiência nas práticas do ensino americano, nas quais alunos e professores convivem mais informalmente, incentiva a livre expressão e abre as portas para um modo mais descontraído do ensino de arte.

Assim, diante das suas credenciais e da sua atuação no IBA, Malagoli viria a ser, dois anos depois de sua chegada, nomeado diretor deste museu no período 1954 a 59.

Com a valiosa colaboração de Alice Soares e Christina Balbão, o diretor organiza a instituição. Recebendo carta branca do Governo do Estado, entrega-se à tarefa com entusiasmo. Para isso, reúne obras que se encontravam em instituições governamentais, faz aquisições em São Paulo e Rio e institui salões com Prêmio Aquisição.

O MARGS surgiu como um dos primeiros projetos museológicos de importância e abrangência no Rio Grande do Sul. A orientação imprimida por Malagoli tinha um claro propósito de atualizar o circuito artístico local por meio da constituição de um acervo composto por prioridades regionais e nacionais, incluindo artistas contemporâneos.

Este papel atualizador acompanhou já as primeiras exposições temporárias apresentadas — que discutiam a modernidade no Brasil, as novas possibilidades de expressão, resgatavam áreas negligenciadas como os primitivos e a arte sacra —; bem como pelos seus ciclos de palestras, abordando temas como o colecionismo, a legitimação das vanguardas e o sistema institucional da arte. A primeira exposição realizada pela instituição, intitulada “Arte Brasileira Contemporânea”, ocorreu em 1955, na Casa das Molduras.

Contexto cultural e geográfico

A sede do museu, ao longo da sua existência, ocupou diferentes espaços em Porto Alegre. Primeiramente, em 1957, foi instalado no foyer do Theatro São Pedro, sendo sua inauguração marcada por uma retrospectiva de Pedro Weingärtner. Em 1958, foi aberta uma exposição de Candido Portinari que atraiu grande público e serviu para consolidar a presença do MARGS no circuito de arte local.

No início da década de 1970, com o fechamento do Theatro São Pedro para reforma, o museu foi transferido para a sobreloja do Edifício Paraguay, na Avenida Salgado Filho. A partir desta época, a instituição passou a documentar sistematicamente as suas atividades, iniciando a publicação de um “Boletim Informativo”. Também organizou os primeiros núcleos, assim profissionalizando a estrutura e a rotina administrativa da operação conforme parâmetros museológicos.

Somente em 1978 o MARGS se instalaria na atual sede, o prédio da Delegacia Estadual do Ministério da Fazenda, na Praça da Alfândega, no Centro Histórico de Porto Alegre. Dirigia o Museu, desde 1975, Luiz Inácio Medeiros, que acompanhou a mudança.

A 27 de setembro de 1978, houve um leilão de obras com o objetivo de angariar fundos para a melhoria da nova sede. Constituiu-se a Comissão de Amigos, que contava com nomes como Guilhermino César, Alice Brueggemann, Rose Lutzemberger e Vagner Dotto, entre outros. Entre 26 e 27 de setembro, a Comissão recebeu 180 peças, leiloadas com sucesso.

A inauguração da nova sede aconteceu em 26 de outubro de 1978, com a Exposição do Acervo, a Mostra do Desenho Gaúcho e o III Salão de Cerâmica. Parte do acervo sobre papel foi apresentada em salas com revestimento preto que, a partir daí, ficaram conhecidas como Salas Negras. O governador presidiu a instalação da fotografia de Ado Malagoli na sala da direção. Poucos dias depois, foi lançado o IIº Catálogo Geral de Obras, que relacionava mais de 600 peças.

A partir da década de 1980, o Museu ganhou maior visibilidade, recebeu melhorias na sua estrutura e instalações, e realizou exposições importantes, além de editar livros sobre artistas locais de reconhecimento. Também nesta década foi fundada a Associação dos Amigos do MARGS (1982).

Para adaptar-se às necessidades do museu, o edifício sofreu reformas. Foram restaurados os vitrais, instalados aparelhos para medir a umidade ambiental, colocados filtros de luz nas janelas e instaladas lâmpadas especiais. Várias empresas foram parceiras nessas melhorias. Entre o final de 1996 e início de 1998, o prédio foi totalmente restaurado e adaptado para armazenar seu acervo e acolher exposições dentro das mais modernas técnicas de museologia.

A partir de 1997, com a 1ª Bienal do Mercosul, passa a abrigar seções especiais da Bienal do Mercosul em todas as suas edições até aqui.

É também no final dos anos 1990 que o Núcleo de Restauro foi completamente aparelhado, tornando-o caso exemplar de museu no Estado do RS a contar com equipe responsável pelas boas práticas de conservação e restauração voltadas ao acervo.

Entre 2006 e 2007, a estrutura externa do prédio e terraço foram novamente restaurados, recebendo pintura e demais reparos de manutenção.

Ao final de 2020, foi iniciada uma nova reforma, envolvendo três melhorias de preservação e segurança: adequação ao Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndio (PPCI), substituição total do sistema de climatização e restauração arquitetônica da parte superior do histórico prédio (terraço, claraboia e os quatro torrões).

Mandatos/Fontes de autoridade

RIO GRANDE DO SUL. Secretaria de Educação e Cultura. Lei 2.345 de 29 de janeiro de 1954 institui a Divisão de Cultura da Secretaria Estadual de Educação e Cultura. Decreto 5.065 de 27 de julho de 1954 oficializa a criação do MARGS. Decreto Federal 73.789 de 11 de março de 1974 autoriza a cessão do prédio da Delegacia Estadual do Ministério da Fazenda para instalação do Museu.

Estrutura administrativa

O MARGS é uma instituição vinculada à Secretaria Estadual da Cultura do Rio Grande do Sul, possui uma direção própria e seu quadro funcional é composto por servidores públicos (com formações diversas), prestadores de serviços e estagiários.

Compõem a estrutura do Museu de Arte do Rio Grande do Sul:

I – Direção.

II – Núcleos de Atividades:
Núcleo de Acervos e Pesquisa;
Núcleo Administrativo;
Núcleo de Comunicação e Design;
Núcleo de Conservação e Restauro.
Núcleo de Curadoria;
Núcleo Educativo e de Programa Público;

III – Setores Colegiados:
Comitê de Curadoria;
Comitê de Acervos.

IV – Associação de Amigos

Políticas de captura e gestão de documentos

A Política de Aquisições do MARGS envolve a aquisição de itens para os Acervos Artístico e Documental por meio de doação, compra, transferência, editais, concursos e prêmios, em extensão e complemento às coleções iniciadas ou mesmo por iniciar, e em conformidade às tipologias dos Acervos Artístico e Documental.

Sua função é fundamentar em termos técnicos e conceituais os critérios e as demandas de entrada de obras de arte e documentos, bem como qualificar a gestão dos acervos e sua ampliação permanente, levando em conta as condições físicas das reservas e, ao mesmo tempo, questões e problemáticas sobre abrangência, representatividades e lacunas.

Propostas de doações de obras de arte, documentos, livros e publicações devem ser formalizadas e encaminhadas ao Núcleo de Acervos e Pesquisa, que abre processo de aquisição e encaminha para a análise do Comitê de Acervos.

A Política de Empréstimos de obras e itens dos Acervos Artístico e Documental do MARGS para outras instituições do Brasil e do exterior, a fim de integrarem exposições e projetos externos, tem por objetivos:

Ampliar o acesso aos acervos e alcançar novos públicos;
Contribuir para exposições e programas públicos de qualidade no Brasil e no exterior.

Prédios

Através do Decreto 73.789, de 11 março de 1974, o MARGS recebeu autorização para instalar-se no prédio da Delegacia Estadual do Ministério da Fazenda, na Praça da Alfândega, no Centro Histórico de Porto Alegre. A transferência para esta sede definitiva, no entanto, só se deu em 1978, no governo de Synval Guazzelli.

O prédio foi construído entre 1913 e 1916, idealizado para compor um conjunto arquitetônico com o dos Correios e Telégrafos, hoje sede do Memorial do Rio Grande do Sul, ladeando a Avenida Sepúlveda.

O início da construção data de 1913, quando o então Ministro da Fazenda da União, Rivadávia da Cunha Corrêa, determinou a instalação da Delegacia da Receita Federal.

O imponente edifício de tipologia neoclássica, com uma área construída de 4.855 m2 em um terreno de 1.750 m2, foi encomendado à firma do engenheiro Rudolph Arhons, profissional responsável por inúmeras mudanças urbanas ocorridas em Porto Alegre no início do século XX. O arquiteto principal foi Theo Wiederspahn, tendo como assistente Alexandre Gundlach, sendo os ornamentos realizados pela oficina de escultura de João Vicente Friederichs, destacando-se como ornamentistas Victorio Livi e Franz Radermacker. As esculturas ficaram a cargo do escultor Alfred Adloff, que igualmente esculpiu, em baixo relevo, o medalhão em bronze do ministro Rivadávia Corrêa, localizado no vestíbulo.

Em 1° de novembro de 1916, ocorreu a instalação da Delegacia Fiscal, apesar de o prédio não estar concluído devido à falta de materiais que não haviam chegado da Europa em conseqüência da I Guerra Mundial. No ano de 1922, foram finalizadas as coberturas dos torreões, com revestimento em cobre, e efetuado o calçamento do passeio em torno do prédio.

Em 1933, porém, o estado precário de conservação exigiu a execução de várias obras, entre elas a impermeabilização do terraço e novas instalações hidráulicas. Neste ano, foi instalado o elevador do prédio. Em 1941, ocorreu nova impermeabilização do terraço e a recuperação das coberturas de cobre.

Reconhecido como de interesse público por seu valor histórico-arquitetônico, o prédio foi tombado em nível estadual em 1983, pela então Divisão do Patrimônio Histórico e Cultural do Estado (Dphic). A portaria de tombamento foi a de n. 04/83, de 20/06/1983, retificada através da portaria 03/84, de 1/08/1984 e ratificada pela portaria 01/85, de 11/07/1985. O tombamento foi inscrito em 30/06/1983, sob o número 22, no Livro do Tombo Histórico, e publicado no Diário Oficial do Estado em 16/08/1984. Em nível federal, foi tombado em 2002 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), como integrante do sítio histórico das praças da Matriz e da Alfândega.

Entre o final de 1996 e início de 1998, o prédio passou por um profundo trabalho de reforma, motivado pelo seu estado de deterioração. Com o restauro completo por que passou o prédio, recuperando toda sua infraestrutura e recebendo climatização e equipamentos expositivos atualizados, o MARGS pôde enfim amparar-se em parâmetros de maior exigência quanto à operação museológica, alavancando expansão de suas atividades no cenário nacional e mesmo internacional.

O prédio do Museu encontra-se localizado em espaço aberto, no centro da cidade, defronte à Praça da Alfândega e com rua e avenida nas laterais pouco movimentadas, a saber (Rua Capitão Montanha e Avenida Sepúlveda), e avenida muito movimentada na parte detrás do Museu (Avenida Siqueira Campos).

Acervo

O Acervo Artístico do MARGS reúne mais de 5.500 obras de arte, desde a primeira metade do século XIX até os dias atuais, abrangendo diferentes linguagens das artes visuais, como pintura, escultura, gravura, cerâmica, desenho, arte têxtil, fotografia, instalação, performance, arte digital e design, entre outras.

Essa coleção de arte do museu é composta por arte brasileira, com ênfase na produção de artistas gaúchos, e também por obras de artistas estrangeiros, da qual conta com nomes significativos da arte mundial.

Além disso, o MARGS possuiu um Acervo Documental com mais de 8 mil publicações bibliográficas e 5 mil pastas contendo documentos sobre a trajetória de artistas e a história de agentes do sistema artístico.

Instrumentos de pesquisa, guias e publicações

MUSEU DE ARTE DO RIO GRANDE DO SUL ADO MALAGOLI. Catálogo geral. Porto Alegre: MARGS, 2013.
GOMES, Paulo César Ribeiro; GRECCO, Vera Regina (org.) Memória do Museu. Porto Alegre: MARGS, 2005. v.1.
GOLIN, Cida; MARSHALL, Francisco (orgs.). Selecta do Museu. Porto Alegre: MARGS, 2005. v.2.
GOLIN, Cida; GRECCO, Vera Regina Luz (orgs.). Memories of the Museum/Memórias del Museu. Porto Alegre: MARGS, 2005. v.3.
O MUSEU DE ARTE DO RIO GRANDE DO SUL (Porto Alegre, RS). São Paulo: Banco Safra, 2001.

Área de acesso

Horário de funcionamento

A visitação as exposições é de terça a domingo, das 10h às 19h

Condição de acesso e uso

As exposições e demais eventos do MARGS têm acesso gratuito e ocorrem no 2º e 3º pavimento. Os acervos Artístico e Documental estão disponíveis para pesquisadores mediante solicitação e agendamento.

Acessibilidade

O MARGS está capacitado para receber pessoas com mobilidade reduzida, conta com rampa (entrada pela Rua Capitão Montanha), elevadores e banheiros adaptados.

Área de serviços

Serviços de pesquisa

Serviço de pesquisa ao Acervo Documental:
O atendimento presencial a pesquisadores é realizado através do agendamento pelo e-mail pesquisa@margs.rs,gov.br, conforme disponibilidade da instituição. Em 2021, foi iniciado o Projeto de Digitalização do Acervo Documental do MARGS, previsto para ser concluído em 2022, para disponibilização em meio online e formato digital.

Serviço de pesquisa ao Acervo Artístico:
O atendimento presencial a pesquisadores é realizado através do agendamento pelo e-mail acervo@margs.rs,gov.br, conforme disponibilidade da instituição.

Sobre o Acervo Artístico (https://www.margs.rs.gov.br/nucleo-de-acervo/#1448914269189-a0750f43-0cef)
Versão em pdf do Catálogo Geral, no qual estão relacionadas 2.936 obras, incorporadas desde a sua fundação, ocorrida em 1954, até novembro de 2012 (https://www.margs.rs.gov.br/catalogo/catalogo-completo-do-margs/).
Acesso ao Acervo Artístico do MARGS digitalizado (https://www.margs.rs.gov.br/catalogo-de-obras)

Serviços de reprodução

Áreas públicas

Área de controle

Identificador da descrição

Identificador da entidade custodiadora

Regras ou convenções utilizadas

Estado atual

Nível de detalhamento

Datas de criação, revisão e eliminação

Idioma(s)

    Sistema(s) de escrita(s)

      Fontes

      Notas de manutenção

      Pontos de acesso

      Pontos de acesso

      • Artes e Cultura (Thematic area)