Nascido em Porto Alegre em 14 de maio de 1907. Ainda jovem, frequentava a escola no período da noite para conciliar com o trabalho como comerciário e em seguida operário. Em 1922, ingressou na Brigada Militar do Rio Grande do Sul como soldado, onde construiu carreira. Em 1925, já como segundo-sargento, combateu os liderados de Luís Carlos Prestes. Como primeiro-tenente, participou da Revolução Constitucionalista de São Paulo (1932), o quê dois anos depois culminou na sua reformação. Afastou-se então da carreira militar, e atuou como comerciário até 1937, quando retornou para a Brigada Militar no Rio Grande do Sul. Em 1938, após a instauração do Estado Novo por Getúlio Vargas, Peracchi assumiu a chefia do Gabinete Militar, sendo promovido no mesmo ano a capitão. Ocupou o cargo de chefia no gabinete até o fim do Estado Novo em 1945, durante esse período ascendeu sua patente a tenente-coronel.
Com o retorno da vida política à normalidade democrática e o surgimento de partidos, Peracchi filiou-se ao Partido Social Democrático (PSD). Durante o governo de Walter Jobim, foi promovido a coronel e assumiu o comando da Brigada Militar do Rio Grande do Sul. Durante sua carreira militar atuou em diversas posições. Em 1950 foi deputado estadual pelo PSD, ocupou a vice-presidência da Comissão de Finanças e Orçamento da Assembleia Legislativa e foi secretário do Interior e Justiça.
Em novembro de 1958, candidatou-se ao governo do Rio Grande do Sul pela Frente Democrática, no entanto, foi derrotado pelo candidato trabalhista Leonel Brizola. Em 1960, chefiou no Rio Grande do Sul a campanha de Jânio Quadros, que foi eleito em outubro do mesmo ano e renunciou após 7 meses de mandato, em 25 de agosto de 1961. Apoiou a candidatura de Ildo Meneghetti em 1962 ao governo do Rio Grande do Sul e elegeu-se deputado federal pelo Rio Grande do Sul na legenda do PSD.
A pedido do Presidente da República, licenciou-se de seu mandato como deputado em dezembro de 1965 para atuar como Ministro do Trabalho no governo de Castelo Branco, deixou o Ministério em 18 de julho de 1966, retornando em seguida à Câmara dos Deputados. Em 3 de setembro foi eleito governador pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Em 31 de janeiro de 1967 foi empossado no governo do Rio Grande do Sul em substituição a Ildo Meneghetti.
Em março de 1971 deixou o governo do Estado, sendo substituído por Euclides Triches. Por indicação do então presidente Médici, assumiu a direção da 6ª Região das Carteiras de Crédito Rural e Geral do Banco do Brasil. Em 1981 sofreu um derrame cerebral que o impossibilitou, a partir de então, de exercer qualquer atividade. Foi casado com Stella Aloise Barcellos e faleceu em Porto Alegre, no dia 13 de agosto de 1986.
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