Proveniente de Bossoroca, espaço rural de São Luís Gonzaga, Rio Grande do Sul, no dia dez do mês de junho de 1941 nasce Olívio de Oliveira Dutra, filho de Cassiano Xavier Dutra e de Amélia de Oliveira Dutra.
No ensino secundarista estabeleceu o fascínio por literatura, graças ao seu ofício de entregador de jornal “A Notícia”, da cidade de São Luís Gonzaga. Foi ainda no Ensino Básico que Dutra inicia sua jornada política, inserido no movimento estudantil secundarista por meio do grêmio da União São Luisense de Estudantes, o qual dirigiu.
Formado no Ensino Básico, Dutra decide prestar concurso para o Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul), e é admitido no cargo. Ademais do cargo de bancário, exercia a função de educador particular de Língua Inglesa no turno da noite. Em 1970, escreve uma carta endereçada ao prefeito de sua cidade, João Loureiro, demandando “menos autoritarismo na condução da política de ensino do município”. Consequentemente, foi restringido a uma agência periférica da capital gaúcha. No ano seguinte, dedica-se a ingressar na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no curso de Letras, graduado em 1975.
Retornando a militância política, ainda como graduando em Letras e conciliando sua atividade empregatícia de bancário, torna-se diretor de Divulgação e Cultura do Sindicado dos Bancários de Porto Alegre em 1974, e no ano seguinte assume a presidência da instância. Em 1978, viria a ser membro da Comissão pró-Partido dos Trabalhadores (PT), demandado a escrever as teses de fundação.
No ano subsequente, Olívio foi preso em detrimento da greve nacional dos bancários de Porto Alegre, ficando quinze dias enclausurados, tendo seu mandato sindical cassado pela Ditadura Civil-Militar. Ainda assim, foi eleito presidente do primeiro diretório regional do PT do Rio Grande do Sul.
Olívio Dutra contribuiu para a fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), além de auxiliar a estabelecer a Intersindical do Rio Grande do Sul. Em 1984, o São-luisense adquire o cargo de secretário-geral do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, elegendo-se para a vice-presidência do PT nacionalmente.
Na década de 1986, abandona os cargos de diretória do PT gaúcho em consequência de ter sido eleito deputado federal, assumindo a incumbência no ano posterior. Em 1988, Olívio Dutra foi eleito prefeito de Porto Alegre, consumando uma frente ampla popular, possibilitando a vasta participação dos cidadãos no setor público. Outra característica de seu governo, foi a resolução da causa rural e da logística do transporte público.
Em 1999, é empossado ao cargo de governador do Rio Grande do Sul, implementando como principal medida de governo o sistema de Orçamento Participativo na esfera estadual, além da criação da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS).
Com a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro de 2003, Dutra assume o cargo de Ministério das Cidades, comandando a pasta até 2005.
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