Os documentos compreendem registros visuais e audiovisuais oficiais. Os documentos fotográficos, independentemente do gênero (iconográfico ou eletrônico), estão organizados conforme o período de governo no qual foram produzidos, de acordo com os mandatos dos governadores, desde o ano de 1947 até 2006.
As imagens são fontes singulares, sobretudo, para a história política do Rio Grande do Sul e do Brasil. Nesses documentos, fotógrafos e cinegrafistas capturaram vários locais do estado, incluindo patrimônio cultural sul-rio-grandense, como prédios históricos, e grande diversidade de eventos políticos. Diferentes personalidades políticas também estão retratadas no acervo, tais como representantes de grupos sociais, de entidades de classe e de sindicatos. O conjunto fornece importantes subsídios para pesquisas nas áreas das Humanidades e da Comunicação. É de particular interesse para a História.
A coleção contém os seguintes mandatos e períodos:
1947 - 1951 Walter Só Jobim (APP-01)
1951 - 1955 Ernesto Dornelles (APP-02)
1955 - 1959 Ildo Meneghetti (APP-03)
1959 - 1963 Leonel de Moura Brizola (APP-04)
1963 - 1967 Ildo Meneghetti (APP-05)
1967 - 1971 Walter Peracchi Barcellos (APP-06)
1971 - 1975 Euclides Triches (APP-07)
1975 - 1979 Sinval Guazzelli (APP-08)
1979 - 1983 Amaral de Souza (APP-09)
1983 - 1986 Jair Soares (APP-10)
1987 - 1991 Pedro Simon (APP-11)
1991 - 1995 Alceu Collares (APP-12)
1995 - 1998 Antônio Britto (APP-13)
1999 - 2002 Olívio Dutra (APP-14)
2003 - 2006 Germano Rigotto (APP-15)
Walter Só Jobim era natural da cidade de Porto Alegre, município onde estudou e se formou na Faculdade de Direito. Ainda acadêmico, lecionou português e geografia no Liceu Parobé (atual Escola Técnica Parobé), formando-se em 1913 e, logo em seguida, tornou-se promotor público na cidade de Passo Fundo.
Em 1914 foi juiz distrital nas cidades gaúchas de São Borja e de Santa Maria, assumindo no ano seguinte, por um breve período, a posição de promotor efetivo. Jobim resolve, em 1916, dedicar-se somente à advocacia, e abre um escritório no município de Santa Maria.
Em 1923 participou da Revolução ao lado da Aliança Libertadora; da Revolução de 1930, junto a Getúlio Vargas; e da Revolução de 1932, junto a Borges de Medeiros, aderindo ao Movimento Constitucionalista. Após a derrota, exilou-se no Uruguai. Posteriormente, durante o Estado Novo, foi convidado por Daltro Filho para o cargo de Secretário de Viação e Obras Públicas do Rio Grande do Sul. Em 1946, durante o governo de transição de Pompílio Cylon Fernandes Rosa, foi nomeado para Secretário do Interior e Justiça.
Após a redemocratização, foi lançado candidato a governador do estado do Rio Grande do Sul, pelo partido que ajudou a fundar, o PSD. Derrotou o favorito Alberto Pasqualini, do PTB, e assumiu em 1947, governando até 1951. Durante sua gestão, executou um plano de eletrificação do estado, inaugurando a Comissão Estadual de Energia Elétrica (CEEE), e criou o Departamento Autônomo de Carvão Mineral, visando a estimular a produção de carvão para suprir a Viação Férrea Rio-Grandense. Foi embaixador do Brasil no Uruguai e membro da Academia Brasileira de Letras. Morreu em 1974.
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