Companhia Carbonífera Rio Grandense (CCR)

Área de identificação

Tipo de entidade

Entidade coletiva

Forma autorizada do nome

Companhia Carbonífera Rio Grandense (CCR)

Forma(s) paralela(s) de nome

    Formas normalizadas do nome de acordo com outras regras

      Outra(s) forma(s) de nome

      • CCR

      identificadores para entidades coletivas

      Área de descrição

      Datas de existência

      1917-1941

      Histórico

      Em um contexto de 1a Guerra Mundial e sob o governo do presidente Venceslau Brás, com o Brasil atuando de maneira neutra em primeiro momento para não restringir a exportação de seus principais produtos, como o café, a Sociedade Anônima Companhia Carbonífera Rio-Grandense (CCR) surge após a liquidação amigável da Companhia Anônima Cooperativa Hulha Rio-Grandense. Conforme seus Estatutos, o objeto da CCR, estipulado em seu Artigo 1o, era “a exploração das jazidas carboníferas do Butiá, no município de São Jeronymo, e o comércio de carvão das mesmas jazidas e de outras que vier a explorar”, e sua sede seria na cidade do Rio de Janeiro, sendo de sessenta anos o prazo estipulado para sua duração.

      No governo provisório do vice-presidente Delfim Moreira (15 de novembro de 1918 a 28 de julho de 1919), o governo federal se retirou como acionista da CMCJ, realizando-se então, conforme escritura de 7 de outubro de 1919, a transferência dos bens e da dívida da empresa, feita com o Banco do Brasil, para a Fazenda Nacional da República. Decorrente dessa ação adveio que, em 28 de setembro de 1920, tenha sido escriturada, como forma de pagamento da empresa ao Governo Federal, a dação da Estrada de Ferro do Jacuhy, inclusive o ramal de Butiá. Também os Portos Pereira Cabral, em São Jerônimo, e Mauá, em Charqueadas, passaram à órbita do Governo Federal, e a CMCJ paralisou seus serviços de extração.

      A partir daí, ocorreu o paulatino, porém irreversível, deslocamento do eixo de produção para as minas da CCR, como demonstra a retirada, em 1923, de grande parte do maquinário da CMCJ para as Minas do Butiá. Com a paralisação dos trabalhos da CMCJ, a via-férrea, agora de propriedade do Governo federal, foi inteiramente apropriada pela CCR para seu uso, ocasionando o deslocamento do centro das atividades do Porto Pereira Cabral (onde ficava a Estação Central) para o Porto do Conde, e no ano de 1924 a sede do escritório da Estrada de Ferro Jacuí foi transferida para Butiá.

      A história da CCR também abrange a Crise de 1929 e o início do governo de Getúlio Vargas. Durante o período de crise global, o Governo Federal passou a intervir novamente de forma enérgica na proteção do carvão nacional. Já na década de 1930, o governo Vargas proporcionou incentivos fiscais às empresas, ampliando o mercado consumidor do produto nacional. Dessa forma, em 1932, o Grupo Martinelli, do empresário paulista Giuseppe Martinelli, o Comendador Martinelli, dono do Lloyd Nacional, adquira todos os direitos de extração nas minas do Butiá – Companhia Carbonífera Rio Grandense, tendo nomeado como administrador o engenheiro Roberto Cardoso. O Comendador Martinelli, que também era acionista e controlador de minas de carvão em Santa Catarina, já detivera, no ano de 1919, o controle das Minas de Carvão do Jacuhy, devido à transferência das ações que foi efetuada a ele por Rocha Miranda, então detentor das ações de Manoel Buarque de Macedo e Frederico B. Horta Barbosa.
      Desse modo, a CCR também assumiu com o Lloyd Brasileiro, conjuntamente com a Companhia Estrada de Ferro e Minas de São Jerônimo, um contrato de fornecimento, lavrado em dezenove de maio de 1932. Sob a direção do Grupo Martinelli e de Roberto Cardoso, a CCR passou a ter uma administração voltada não somente para a ampliação e diversificação de investimentos, mas fazendo parte de uma estratégia nacional de proteção às jazidas minerais de carvão, em estreita parceria com os órgãos governamentais.

      Entre os anos de 1932 a 1939, o carvão das minas gaúchas representava 82% da produção nacional, e as companhias mineradoras, devido aos incentivos fiscais e ajudas financeiras, reduziram drasticamente o pagamento de impostos para o governo estadual. Já no ano de 1941, por escrituras de 4 e 15 de julho, a CCR transferiu todo o seu acervo relativo à indústria e comércio de carvão mineral à Companhia Carbonífera Minas de Butiá (CCMB), inclusive os direitos e obrigações relativos ao contrato de comunhão de lucros e administração conjunta firmado com a CEFMSJ e executado pelo CADEM. A CCMB foi autorizada a funcionar pelo Decreto Federal No 7.783, de 3 de setembro de 1941, tendo sede e foro na cidade do Rio de Janeiro, e prazo de duração de cinquenta anos, contados da data da sua instalação.

      Locais

      Sede inicial: Rio de Janeiro
      Sede secundária: Butiá
      Sede terciária: Rio de Janeiro

      Estado Legal

      Funções, ocupações e atividades

      Mandatos/fontes de autoridade

      Estruturas internas/genealogia

      Contexto geral

      Área de relacionamentos

      Entidade relacionada

      Companhia Estrada de Ferro e Minas de São Jeronymo (CEFMSJ) (1889- 1936)

      Identificador de entidade relacionada

      BR RSMC 01

      Categoria da relação

      temporal

      Datas da relação

      1917 - 1941

      Descrição da relação

      Para o período aproximado, a CCR era responsável pela exploração de carvão nas Minas de Butiá.

      Área de pontos de acesso

      Pontos de acesso de assunto

      Pontos de acesso de local

      Ocupações

      Área de controle

      Identificador de autoridade arquivística de documentos

      Identificador da entidade custodiadora

      Regras ou convenções utilizadas

      Estado atual

      Nível de detalhamento

      Datas de criação, revisão e eliminação

      Idioma(s)

        Sistema(s) de escrita(s)

          Fontes

          Notas de manutenção